
As mulheres estão cada dia mais atuantes no rugby, não só jogando pelos times, mas também na arbitragem. No Brasil, ex-atletas optaram por participar ativamente dos jogos desta forma, já que por várias razões não conseguiam acompanhar o treinamento das equipes.
É o caso da árbitra Nayara Lima. Ela jogou de 2000 até 2006, quando teve que morar com a família em Aracaju. Em 2007, voltou para São Paulo e, claro, tentou acompanhar os treinos e frequentar o máximo possível, mas com a faculdade que cursava, onde lutava por uma bolsa, e o trabalho de secretária executiva, não conseguia acompanhar o time. Eram muitos compromissos nos mesmos horários.
Pra ajudar e ficar perto do esporte, bandeirava alguns jogos. A Federação Paulista pediu um cadastro individual dos voluntários que se dedicavam gratuitamente, apenas por amor ao jogo, e foi então que a Nayara resolveu mandar seus dados.
Um dia, um árbitro que sempre atuava alguns dos jogos que ela bandeirava, notou a dedicação e vontade de sempre melhorar e perguntou se ela não tinha vontade de se profissionalizar e aprimorar seus conhecimentos de arbitragem. Ela então começou a pensar seriamente nisso. Em agosto de 2010, houve um torneio universitário e este mesmo árbitro conversou com a Federação e se propôs a acompanhá-la neste evento para que ela iniciasse sua carreira como árbitra central.
E daí veio o frio na barriga…
“Meu primeiro jogo foi na modalidade masculino! Eu me lembro de estar no centro do campo esperando as equipes e a bolinha de dentro do apito ficar batendo. Mas não por assoprar, e sim de tanto que minhas mãos tremiam!”
Nayara seguiu apitando vários jogos e hoje, apesar do trabalho puxado, tenta conciliar treinos cinco vezes por semana, estudar livros de regras, assistir a vídeos e todo a material que consegue pra aumentar seu domínio sobre o assunto.
Durante sua trajetória até agora, o jogo mais importante que arbitrou foi a Semifinal do Super X entre Bandeirantes e Pasteur em 2010, como auxiliar de linha, e televisionado pela SporTV. Já como árbitra central no final de 2012, ela foi pela primeira vez ao Valentin Martinez (um sonho realizado!) e teve a oportunidade de apitar jogos de times como Argentina A e B, Chile e Uruguai. Com certeza estes foram as partidas mais duras da carreira.
Mas como todos que fazem a comunidade rugbier brasileira sonham em ver o rugby crescer de alguma maneira, esta árbitra fofa almeja alto: quer ter a capacidade de poder apitar Jogos do Super X, assim como outros torneios internacionais, como o Sulamericano.
Com toda essa garra, força e dedicação, isso não vai ser impossível!
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